terça-feira, 28 de abril de 2009

Sobre o hardcore e sua representatividade.





Muitas vezes eu ao andar pelas ruas, ou mesmo ônibus e topiques da vida, ficava imaginando uma possível resposta pra uma suposta pergunta que me fizessem: - "Iago, o que é o hardcore pra você?", em outras palavras - "O que ele representa na sua vida?". E ficava formulando uma resposta, mas boas respostas geralmente só saem quando estou digitando. Até que tive a idéia de fazer essa pergunta na comunidade da minha banda "Faina", e convidar algumas pessoas da ''cena hardcore'' para responder essa pergunta.
Como não po
deria ser diferente, quem respondeu primeiro fui eu, eis minha resposta:

" O Hardcore pra mim, antes de estilo musical com melodias rápidas e letras críticas, é uma ideologia, ou seja, um conjunto de idéias que trago pra minha vida e tento levá-las da melhor forma possível. Uma energia positiva que adentra o meu corpo quando estou cantando, de forma tal, que ali, coração e boca são uma só voz. É sentimento, que, quando (o)corre gera um fluxo veloz, fugaz. Anima e enaltece visões críticas. Não é visível aos olhos e nem palpável, não é matéria, é abstrato. É, sobretudo, um sentimento de amor. Amor ao que se canta, amor ao que se é. Eu canto o que sou. ''

Iago Barreto


Obs: A imagem sou eu cantando em um dos shows da minha banda e ilustra o que eu quis passar nesse texto.

sábado, 11 de abril de 2009

Superficial.


Há algum tempo venho pensando sobre este tema, sugestivo, não? Ele trás consigo diversos aspectos. O que você pensa quando lhe vem à tona a palavra "superficial"? Algo que mais se aproxima a esta última seria: "não profundo; aparente", algo que conhecemos minimamente, e que julgamos à primeira vista (primeira impressão). É bem isto. Agora adentremos dentro desta superficialidade, o que dela podemos abstrair? Então: ao meu ponto de vista, quase cem por cento das pessoas, quando vê alguém atraente, julga como além de bonito, "ideal". Mas até que ponto isso é realmente ideal? Não seria superficial? Sim, é. Não diria que ao ver uma moça bonita, por exemplo, não me causaria um deslumbramento, realmente causa! Isso até ver quem realmente a pessoa é. Mas seria hipocrisia dizer que nos envolvemos somente visando o caráter de alguém; é uma questão que vai além. Primeiro, sem dúvidas, observamos a "superfície" desse alguém, se nos agradar, partimos para a possível conquista, se não.. Muito dificilmente nos interessará, a não ser em casos em que há exceção. É bem por aí: desejamos que esse "superficial" nos agrade minimamente, para então se entregar a determinada relação. Não adianta vir com "balela" dizendo que: “- Ahh! Estou com esse alguém pq ele tem caráter"... é óbvio que grande parcela da conquista é proveniente do caráter, há casos que chega a ser cem por cento por conta do mesmo, mas são raros, eu diria até, raríssimos. Então o que consideramos ideal? Depende de quem! Depende de quando! Depende de como! São tantas dependências que até me causam, certo.. eu diria.. desmotivação! É.. é tão complexa essa questão do "quem?". Estou na busca há tempos. Não só eu, como muitas outras pessoas. Não há uma equação que defina isso, mas o "ideal", pelo menos ao meu ponto de vista, seria: alguém que julguemos minimamente bonito(a), associado a uma boa índole, portanto, alguém íntegro.


Obs: As imagens são sugestivas e fazem menção à: muitos tampam os olhos pro que realmente é fundamental. São Imagens meramente ilustrativas, as quais tirei da própria busca do google.



quinta-feira, 9 de abril de 2009

Fim do Colligere.



Como se sabe o Colligere acabou desde o dia 30 de novembro de 2008, oportunidade na qual fez seu último show (com a banda gringa Comeback Kid). Como na época eu não tinha blog, utilizei-me do meu fotolog pra noticiar o triste fato e expressar meu sentimento em relação a banda (e coisas mais..).

Eis o texto:

Venho trazê-los a triste notícia do fim de uma das maiores bandas de hardcore do Brasil, fim do Colligere. Poucos conhecem, entretanto muitos já devem ter ouvido falar, raros conhecem a fundo. O Colligere esteve entre as bandas que, com muita personalidade e dificuldade, conseguiram manter-se no underground. Personalidade por não mudarem sua sonoridade e principalmente o conteúdo de suas letras, e dificuldade por não terem nenhum incentivo e mesmo assim conseguir fazer muitos shows, viagens e mostrar o seu som para diversas pessoas. É de fato impressionante como excelentes bandas acabam, enquanto do outro lado observamos bandas que não nos trazem absolutamente nada, com milhares de fãs e no auge do sucesso.
O Colligere indubitavelmente contribuiu para o que sou hoje, para a formação da minha personalidade e caráter, para enaltecer a minha visão crítica das coisas. As letras me ensinaram bastante, e eu sempre as busco, pois são fortes críticas mescladas com poesia em que a crítica se associa a poesia através de metáforas (inclusive esse é um pedaço da descrição da comunidade, a qual sou dono, e que homenageia o Rodrigo Ponce, vocalista). Pra quem acompanha meu dia-a-dia percebeu notoriamente o quanto o Colligere foi e é importante na minha vida, a começar pelo título do fotolog, um pedaço da letra de “Remorso” e pelas frases que costumo exaltar em meus posts, ou mesmo nos nicks do msn em que cito as letras do Colligere, ou até ouvindo as músicas no mp3. Podem apostar que o Colligere é influência da Faina e não poderia ser diferente.
Frases marcantes, verdadeiros tapas na cara. Agora restam áudios e muitas letras que funcionam como verdadeiros livros para quem quer. E o que mais me amargura talvez nem seja o triste fim, e sim o fato de eu nunca ter ido a um show dos caras. Constantemente me deparo com aquela velha frase, e o fim do Colligere me motivou mais uma vez a usá-la: “Onde buscarei paixão pra conceber novas idéias?”.
O Rodrigo Ponce parecia prever o fim do Colligere quando um dia escreveu: “'algumas coisas enchem seu peito como um sopro e como um sopro elas vão embora...”, pedaço da letra “A aplicação poética do materialismo”. Ele já preveria que mais cedo ou mais tarde o fim poderia acontecer. Outrora ele escrevia: “silenciar nem sempre é igual a morrer...”, mais um pedaço da letra de “Remorso”.
Agora irei me aproveitar de versos que uma garota escreveu na comunidade da banda: “Fim de uma história, fim de uma alegria, fim de bons momentos, fim de canções feitas com o mais puro sentimento, fim de um sopro de vida, fim de uma motivação, fim de uma dignidade, fim de um caráter, fim do Colligere.”
Talvez o fim da banda seja proveniente de versos que já foram escritos um dia, pelo próprio Rodrigo Ponce... “No final é apenas uma questão de aceitar as regras, abrir mão de algumas coisas para ter outras... A conveniência se impõe sobre a liberdade e o poder sobre a vontade.”. Ainda prefiro acreditar que silenciar nem sempre é igual a morrer! E que nós poderemos ter outras motivações para a mesma coincidência! Tudo pode ser um novo começo. Que fique as músicas, a influência, principalmente no âmbito de exaltar visões críticas. E o Colligere é mais uma das bandas que entram pra saga das grandes que se vão. Como cinco vontades...


Introdução sem fim previsto.


Depois de algum tempo querendo ter um blog e publicar minhas próprias idéias, aqui, agora, o faço. Já vindo com um histórico de um ''foto-blog", por assim dizer, pois em meu fotolog tratava de minhas reflexões, escolho um local mais adequado para então fazê-las. Não havia feito antes, por temer que fosse pouco lido, pouco visto, etc. Mas então pensei comigo mesmo: "Poxa, to escrevendo sobre minhas percepções/reflexões/reações, ou seja, algo que julgo minimamente interessante. Pode até não causar respaldo, mas pra mim faz algum sentido". Uma hora ou outra isso iria eclodir! E aqui estou para isso.. sejam bem vindos.